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Testemunho - Ásia Central

Revista Portas Abertas - Vol. 32, Nº 11, página 11

24-out-2014

Quanto Murat (nome fictício) ouviu falar de Jesus pela primeira vez, ele achou que se tratava de um deus russo. Como muçulmano, Murat hesitou em aceitar esse "deus" que seu vizinho,membro de uma igreja evangélica local, lhe apresentava.

 

Foi só quando seu vício em heroína o levou ao fundo do poço que ele se voltou para Cristo. "Fui viciado durante cinco anos", conta Murat, agora com 42 anos. Embora tivesse tentado a todo custo ficar limpo, ele não conseguia. Por fim, Murat decidiu orar e pedir ajuda a Jesus.

 

O Deus que se vizinho evangélico lhe apresentou tornou-se real no centro de reabilitação que Murat ainda frequenta. O local é mantido em segredo por uma igreja local e recebe o auxílio da Portas Abertas. Cristãos que foram, eles mesmos, dependentes químicos, são os responsáveis pela fundação dessa casa de recuperação.

 

O uso de drogas e álcool é generalizado na Ásia Central. Estima-se que em cada família da região haja pelo menos um dependente químico. Como a região é rota do tráfico do Afeganistão para a Europa e o Oriente Médio, as drogas podem ser encontradas com facilidade, e a preços baixos. De acordo com uma pesquisa feita pela ONU, um grama de ópio no Tajiquistão, um país da Ásia Central, custa entre 2 a 6 dólares. A mesma quantidade nos Emirados Árabes Unidos, no Oriente Médio, é vendida por 130 a 150 dólares.

 

Como a sociedade faz vistas grossas para o problema e não possui estratégias para tratá-lo, o único cuidado que os dependentes recebem é o de serem mandados para a prisão - uma espécie de tratamento forçado. A Igreja, porém, abre e mantém, às próprias custas, centros de reabilitação como o frequentado por Murat. Além de tratar os dependentes, ela corajosamente compartilha o amor de Cristo em uma sociedade hostil ao cristianismo.

 

Foi o amor de Deus e dos cristãos que ajudou Murat em sua recuperação.

 

"Um dia me achei vagando pelas ruas, sem lugar para morar. Depois de dois meses nessa situação, encontrei a casa, o amor dos cristãos, fui liberto do vício". Murat entregou sua vida a Jesus e, por causa disso, foi perseguido pelos parentes, que preferiam ter na família um dependente químico a um cristão. Seus "amigos", também viciados em drogas, agrediram Murat severamente depois de sua conversão.

 

Atualmente, esse centro de recuperação mantém doze pessoas em seu programa. Todas vivem no local, são aconselhadas e se tornaram cristãs.

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